Aquecimento coloca rena do Ártico sob ameaça de extinção

Junto com o caribu, a rena do Ártico constitui uma das maiores espécies de mamífero adaptadas aos invernos rigorosos da região. Mas sob a influência do aquecimento global, a rena do ártico se encontra ameaçada.

As populações de caribus e renas migrantes no Ártico está diminuindo. Levantamento dos principais rebanhos selvagens mostrou que, desde a década de 1990, observa-se uma tendência de perda significativa na abundância de animais - queda de 56%.

Considerando as duas espécies - renas e caribus -, nas últimas duas décadas a população total passou de 4,7 milhões de indivíduos para aproximadamente 2,1 milhões. O Alasca e o ártico canadense foram as duas principais regiões afetadas. Nelas, os animais estão quase desaparecendo.

A redução das populações alterou a classificação das espécies. No Canadá, as renas de zonas áridas entraram na listas nacional de espécies ameaçadas de extinção. Na Rússia, ambas as espécies foram consideradas raras ou ameaçadas.

Diversos fatores podem concorrer para o declínio dos rebanhos de renas e caribus. Por exemplo, as doenças e os parasitas, a caça ou a diminuição de áreas de forrageamento. No entanto, o aquecimento do Ártico se destaca devido às suas múltiplas consequências.

As condições climáticas tem se tornado mais secas, interferindo na área de forrageamento. Ao mesmo tempo, favorecem a disseminação de mais doenças e parasitas. O calor, por sua vez, pode expor os animais ao estresse térmico, reduzindo sua capacidade de resistência.

O ecossistema ártico poderá sofrer se a tendência de queda na população de duas de suas principais espécies continuar. E também as comunidades indígenas tradicionais da região, que contam com os rebanhos como uma fonte de alimentação.


Fonte: NOAA
Imagem: Flickr/Visit Greenland

Comentários